Uma solenidade híbrida, presencial e on line, marcou a Assembleia Extraordinária alusiva aos 35 anos da Academia Maranhense de Letras Jurídicas / AMLJ; que foi fundada em 1986, tendo o advogado Dr. Wady Sauáia como seu primeiro Presidente.
O atual Presidente, advogado Júlio Moreira Gomes Filho comandou a Assembleia que contou com presenças on line com confrades como Raimundo Marques, José Claudio Pavão, Carlos Nina e Elimar Almeida e Silva.
Muitos impossibilitados de comparecer ao evento devido ao atual momento de pandemia, os membros se manifestaram por mensagens, ressaltando a importância da Academia:
“A Academia Maranhense de Letras Jurídicas, da qual me orgulho de fazer parte, representa um marco pioneiro na cultura jurídica maranhense. Agregando uma plêiade de juristas, fortemente vinculados à área do Direito, tem contribuído com suas atividades para o desenvolvimento do conhecimento jurídico em nosso Estado. Que Jesus abençoe seu fundador Dr. Wady Sauáia por essa brilhante iniciativa. Oro por ele diariamente, por ter me incluído na AMLJ”, declarou a advogada e professora de Direito da UFMA Maria Tereza Cabral Costa Oliveira, que integra a Academia desde a sua fundação.
Para advogado Carlos Nina, outro membro fundador da AMLJ a entidade é fundamental para fomentar o conhecimento e o intercâmbio no meio jurídico:
“Toda Academia é relevante para a cultura de qualquer comunidade, pois pressupõe a reunião de pessoas dispostas a produzir, compartilhar e receber informações e opiniões, interagindo conhecimento. A AMLJ é relevante para o universo jurídico, na medida em que consegue manter essas atividades, estimulando e propiciando o estudo do direito, contribuindo para um debate construtivo com vistas ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das instituições e institutos jurídicos”, ressaltou ele que participou da Assembleia de forma online.
Em destaque na solenidade, a inauguração da Galeria dos Ex-Presidentes da AMLJ, que teve dois deles presentes de forma presencial à homenagem: José Carlos Sousa e Silva e Ana Luiza Ferro.
Outra deliberação desse evento foi a aprovação por unanimidade do nome do intelectual e jurista Clodomir Cardoso para emprestar seu nome à sede da entidade, que passará a ser chamada de “Casa de Clodomir Cardoso”. O Presidente Júlio Gomes franqueou a defesa dessa ação para a confreira Ana Luiza Ferro Costa, que descreveu em detalhes a rica e profícua história desse maranhense que atuou em diversas áreas do Direito, com grandes feitos para o Maranhão, além de suas colaborações nacionais.
Como citou Ana Luiza Ferro nessa defesa, entre muitos outros nomes ilustres, escolher como patrono da AMLJ Clodomir Cardoso é reconhecer seu imenso legado:
“Defendo a indicação de Clodomir Cardoso como nosso patrono pelo seu grande legado. Ele tem algo a mais, ele foi um homem múlti facetado. Ele representa todas as tendências de nossa Academia, pois ele foi Magistrado, foi Juiz e Promotor de Justiça no Pará, foi advogado, jornalista e político, com um currículo muito rico. Ele nasceu em São Luís e faleceu no Rio de Janeiro. Como político, ele foi Prefeito de São Luís e foi ele que determinou a instalação da iluminação elétrica na cidade substituindo os lampiões. Foi Deputado Provincial e Federal, Senador Constituinte em um total de cinco mandatos. E ele também foi consultor jurídico do Instituto Nacional do Sal, Membro da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, Vice – Pres. da Câmara dos Deputados, Membro Acadêmico Fundador da Academia Maranhense de Letras, cadeira de número 12. Além de tudo isso, ele foi um grande intelectual e com muitas obras publicadas. E alguns projetos dele como político, inspiraram outros países a elaborarem leis, a exemplo do projeto dele sobre Sociedades Anônimas, replicado em um país vizinho”, elencou a confreira Ana Luiza Ferro.
“Após essa brilhante explanação, votamos e foi aprovado por unanimidade essa escolha que muito nos honra e alegra. Mesmo com a pandemia, seguimos fortes e motivados a fortalecer a nossa Academia. E para esse ano ainda, teremos no futuro próximo, novas eleições para preenchimento das vagas dos saudoso confrades Milson Coutinho e Sálvio Dino”, declarou o Pres. Júlio Gomes Filho.
E assim, com a relevante missão de incentivar a pesquisa e a produção literária jurídica no Estado, a AMLJ segue forte e atuante buscando integrar as novas gerações e sempre gerando conhecimento, insumo esse sempre básico para a evolução das sociedades com justiça e dignidade.
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