Especialista explica perigos do uso de álcool 70% e sugere alternativas mais seguras para limpeza
A partir do dia 30 de abril, não será mais permitida no país a venda de álcool líquido 70% em supermercados, farmácias ou outros estabelecimentos comerciais. Vale ressaltar que a proibição não afeta a venda do álcool em gel. A comercialização, que já era proibida há cerca de 20 anos, foi flexibilizada em função da pandemia de Covid 19, mas uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a restringir a venda do produto.
No documento, a Anvisa ressalta que o álcool 70% continua disponível no mercado em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado e aerossol, além do álcool etílico na forma líquida, em concentração inferior a 54º GL (cinquenta e quatro graus Gay Lussac).
Mas por que o álcool 70% é considerado perigoso? E quais são as alternativas seguras disponíveis para a limpeza? De acordo com Gabriel Mota, farmacêutico e professor do curso de Farmácia da Facimp Wyden, o álcool 70% é eficaz como desinfetante, mas seu uso requer precauções específicas devido ao alto teor de álcool, o que o torna extremamente inflamável. "Além disso, a exposição prolongada da pele a essa substância pode causar ressecamento e irritação, especialmente em pessoas com pele sensível", ressalta.
Como alternativa, o especialista sugere explorar outras opções de desinfetantes que ofereçam eficácia sem os mesmos riscos associados ao álcool 70%. "Produtos à base de hipoclorito de sódio, como a água sanitária diluída, ou desinfetantes à base de quaternário de amônio são alternativas seguras e eficazes para a limpeza", afirma Gabriel.
O profissional destaca, ainda, a importância do uso dos produtos de maneira adequada e sempre conforme as instruções da embalagem. “Isso garante não só a eficácia da limpeza, como também a segurança dos usuários. Se for o caso, e dependendo do produto, pode ser necessário adotar medidas como ventilação adequada e o uso de equipamentos de proteção”, reforçou.
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